Princípios a adoptar para a criação de paisagens resilientes
Preparações de terreno:
Trabalhar sempre em contorno/curva de nível ou keyline;
Não utilizar maquinaria pesada nas linhas de água;
Nunca queimar matéria orgânica na limpeza dos terrenos;
Sempre que necessário controlar “mato”, triturar e deixar no solo (corticai);
Se possível auxiliar a decomposição, com inoculação de micélios apropriados;
Trabalhos mecanizados entre Setembro e Maio, mas evitando o excesso de humidade do solo;
Plantações entre Outubro e Abril;


Para a manutenção:
Controle de vegetação: é feito substituindo as espontâneas por espécies pertinentes do ponto de vista produtivo;
Uso de leguminosas perenes e anuais e outras plantas enriquecedoras de solo;
Corte de biomassa (“Chop and drop” ou corte e cai) e deposição no solo, sem gradagem;
Desbaste e rebrota: é feito anualmente, a partir do 2º ano após colheita/corte, no fim do inverno;
Inoculação com micélios adequados à decomposição dos resíduos florestais, como por exemplo Lentinula edodes (cogumelo shiitake), após o 4ºano, ou quando as circunstâncias o permitirem;
Gestão de resíduos de poda, desbaste e dos prados permanentes; Intimamente ligado ao aumento da fertilidade do solo e à hidratação da paisagem, todos os resíduos são triturados e deixados no solo.
A gestão adequada da biomassa é certamente a chave para a mitigação dos fogos, em simbiose com o aumento da fertilidade e quantidade de solos, assim como o aumento da infiltração da chuva e consequente hidratação da paisagem.


